O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (20), atingindo o maior valor desde julho de 2022, após a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) na quarta-feira à noite. A moeda norte-americana ganhou força ao longo do dia, refletindo o fortalecimento do dólar no exterior e o aumento das taxas dos Treasuries. O presidente Lula criticou o Banco Central, o que também contribuiu para a desvalorização do real, de acordo com operadores. Com mínima a R$ 5,3872 e máxima a R$ 5,4696, o dólar à vista fechou em alta de 0,37%, cotado a R$ 5,4619 — o maior valor desde julho de 2022. Foi o quinto pregão consecutivo de valorização da moeda, que acumula ganhos de 1,48% na semana e 4,02% no mês. No ano, o dólar subiu 12,54%, sendo a pior performance entre as principais moedas globais.

A decisão do Copom de manter a taxa Selic em 10,50% em votação unânime levou a um alívio inicial do dólar, mas ainda persistem temores em relação à política monetária. O presidente Lula questionou a autonomia do Banco Central e criticou a decisão do Copom de manter a taxa de juros a 10,5% ao ano, afirmando que o governo deseja investir na produção, não no sistema financeiro. Especialistas apontam que a composição do comitê a partir de 2025 gera incertezas e afeta a credibilidade do mercado. A possibilidade de mudanças na presidência do BC também gera especulações, com nomes como Gabriel Galípolo e André Lara Resende sendo cogitados. A manutenção de juros reais elevados e a deterioração fiscal e inflacionária mantêm o cenário incerto.

Publicada por Felipe Cerqueira

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Fonte: Jovem Pan Read More