Na Câmara, Campos Neto diz que ‘se BC reduzir juros sem condições adequadas, tem alta em juro futuro e dólar’
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14/08/2024Com mínima a R$ 5,4485 nos minutos finais de negócios, o dólar à vista encerrou a sessão desta terça-feira (13), em queda de 0,85%, cotado a R$ 5,4495, menor valor de fechamento desde 16 de julho (R$ 5,4294). Foi o sexto pregão seguido de baixa da moeda americana, que já acumula desvalorização de 3,64% em agosto. Do nível de R$ 5,7414 no fechamento do último dia 5 para cá, o dólar já caiu 5,08%. Mais uma vez, a moeda brasileira apresentou o melhor desempenho entre seus pares latino-americanos. Divisas emergentes ganharam força após a leitura benigna da inflação americana no atacado chancelar a expectativa de início de um processo de redução de juros pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) a partir de setembro.
Com a safra mais recente de indicadores, temores de uma recessão nos EUA, que levaram a picos de aversão ao risco no início do mês, deram lugar à perspectiva de uma desaceleração gradual da atividade combinada com um processo de desinflação. Tal quadro pode ser confirmado pela divulgação, amanhã, da inflação ao consumidor nos EUA em julho. Em baixa desde o início dos negócios, o dólar à vista chegou a esboçar uma reação no início da tarde, quando reduziu bastante as perdas e chegou a se aproximar da estabilidade, diante das tensões geopolítica no Oriente Médio. Mas houve alívio logo em seguida com a notícia de que o Irã deve postergar um eventual ataque a Israel, em retaliação a morte de líder do grupo terrorista Hamas em solo iraniano.
Operadores afirmam que fatores técnicos, como uma pausa no desmonte de operações de carry trade, em razão da estabilização do iene, ajudam a explicar o fôlego extra do real nos últimos dias. A moeda brasileira foi a que mais sofreu durante o rali da divisa japonesa. Há também a percepção de retirada de prêmios de risco associados à condução da política monetária e relatos de entrada de capital estrangeiro para a bolsa doméstica.
Em audiência hoje na Câmara dos Deputados, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ressaltou que os integrantes do Comitê de Política Monetária (Copom) estão alinhados na busca pelo centro da meta da inflação. Em alusão à fala recente do diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, Campos Neto disse que houve declarações de “diretores apontados por esse governo” reiterando que, se for necessário, o BC vai elevar os juros.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira
Fonte: Jovem Pan Read More