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12/04/2025O dólar encerrou a sexta-feira (11) em queda de 0,47%, cotado a R$ 5,8708, após uma sessão marcada por menor aversão ao risco no mercado internacional. A trégua parcial nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China e dados econômicos mais fracos nos EUA contribuíram para a valorização de moedas de países emergentes, como o real. Durante a manhã, o dólar chegou a R$ 5,9196, mas perdeu força com a notícia de que a China elevará tarifas de importação para produtos americanos de 84% para 125%. O governo chinês, no entanto, afirmou que este será o último aumento, sinalizando que não retaliará eventuais novas sobretaxas impostas pelos EUA. A decisão ajudou a reduzir a tensão nos mercados.
No mesmo período, o índice DXY — que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas fortes — caiu abaixo dos 100 mil pontos, chegando a 99.014, em meio a dados fracos do sentimento do consumidor e deflação nos preços ao produtor nos EUA. Apesar disso, as expectativas de inflação nos EUA para os próximos 12 meses subiram para 6,7%, o maior nível desde 1981.
No Brasil, o real e outras moedas da América Latina se beneficiaram do avanço de mais de 2% nos preços do petróleo, o que favorece economias exportadoras de commodities. Segundo o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, o dia foi de “rescaldo” após perdas recentes, com investidores aproveitando a rentabilidade maior dos mercados emergentes. “Quando o risco diminui, o capital estrangeiro tende a retornar”, afirmou.
O head da Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, destacou que investidores estão abandonando o dólar e os títulos do Tesouro americano (Treasuries) em favor de outras moedas, como euro e iene. Para ele, a percepção é de que os Estados Unidos tendem a ser os maiores prejudicados pela atual escalada comercial. “Trump parece estar encurralado e não tem como voltar atrás sem afetar sua imagem”, avaliou.
Ibovespa fecha em alta com impulso de commodities
O Ibovespa acompanhou o otimismo dos mercados internacionais e subiu 1,05%, fechando aos 127.682,40 pontos. O movimento foi impulsionado pelas ações da Petrobras e da Vale, que avançaram cerca de 2% cada, favorecidas pela alta do petróleo e do minério de ferro. Na semana, o principal índice da B3 acumulou ganho de 0,34%, mesmo com a volatilidade causada pelas incertezas sobre a guerra comercial. Analistas destacam que a sinalização da China de não escalar o conflito trouxe alívio aos investidores.
“A sinalização de que não haverá novas retaliações, somada à fala do presidente Trump dizendo estar aberto a negociações, contribuiu para o bom humor do mercado”, afirmou João Paulo Fonseca, head de renda variável da HCI Advisors. O petróleo WTI para maio subiu 2,38%, a US$ 61,50, enquanto o Brent para junho avançou 2,26%, a US$ 64,76. Já o minério de ferro teve alta de 0,71% na bolsa de Dalian, na China.
Além das gigantes exportadoras, bancos como Itaú e Bradesco também tiveram desempenho positivo. Entre as maiores altas do dia estiveram ações cíclicas como Vamos (+12,73%), Azzas (+4,00%) e RDsaúde (+3,84%), impulsionadas pelo fechamento da curva de juros. O volume financeiro negociado na B3 somou R$ 22,4 bilhões.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Felipe Cerqueira
Fonte: Jovem Pan Read More