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11/04/2025Após tocar R$ 5,95 no início da tarde, em linha com a piora dos ativos de risco no exterior, o dólar desacelerou o ritmo de alta nas últimas horas de pregão e encerrou a sessão desta quinta-feira, 10, com avanço de 0,88%, a R$ 5,8988. A moeda norte-americana sobe 1,09% na semana e 3,39% no mês.
Mais uma vez, os negócios no mercado de câmbio foram ditados pelo vaivém das notícias do embate tarifário entre Estados Unidos e China, que promoveram retaliações mútuas nos últimos dias. Os preços do petróleo caíram mais de 3% e já acumulam desvalorização de cerca de 15% em abril.
A percepção de que a guerra comercial vai levar a uma queda do crescimento mundial, com eventual recessão nos EUA, deprime os preços das commodities, o que castiga divisas emergentes, em especial as latino-americanas. O real liderou nesta quinta as perdas entre as principais moedas globais, seguido pelos pesos mexicano e colombiano.
Termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes, o índice DXY caiu quase 2% e furou o piso e 101,000 pontos, com mínima aos 100,700 pontos, com a moeda americana perdendo mais de 2% em relação ao euro. Tradicional refúgio ao risco, o franco suíço subiu mais de 3%.
As máximas do dólar coincidiram com o pico na aversão ao risco lá fora, quando a Casa Branca esclareceu que a tarifa total aplicada a produtos chineses será de 145%, soma de 125% anunciados na quarta com 20% impostos anteriormente. Como informado na quarta, países que não retaliaram os EUA terão tarifa mínima de 10%, suspensa pelo prazo de 90 dias.
Nas horas finais do pregão desta quinta, houve uma moderação das perdas das divisas emergentes com acenos de Donald Trump à China O presidente norte-americano sinalizou que autoridades chinesas já teriam entrado em contato para negociar um acordo, o que o deixou esperançoso. “Em alguns sentidos, Xi Jinping (presidente chinês) tem sido meu amigo por muitos anos e espero conversar com ele”, afirmou Trump.
Pela manhã, o dólar chegou até a operar pontualmente em baixa no mercado local, com mínima a R$ 5,8259, sob o impacto da leitura benigna da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos EUA. O índice cheio caiu 0,1% em fevereiro, quando a expectativa era de avanço de 0,1%. Já o núcleo do CPI avançou 0,1%, abaixo das estimativas (0,3%).
A avaliação de consultorias e economias é a de que a inflação ao consumidor ainda não reflete o impacto do tarifaço. Monitoramento do CME Grupo mostra que as apostas em torno do orçamento total de corte de juros pelo Federal Reserve neste ano oscilam entre 75 e 100 pontos-base.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira
Fonte: Jovem Pan Read More