Governo recua na decisão de monitoramento do Pix para transações mensais acima de R$ 5 mil para PF e de R$ 15 mil para PJ. De acordo com o Ministério da Fazenda, o recuo decorreu de fake news e de repercussão negativa sobre a medida. No entanto, o motivo real foi a repercussão negativa da sociedade, principalmente após a divulgação do vídeo de Nikolas Ferreira que tomou conta das redes sociais. Basicamente, o vídeo dizia que o governo já fez algumas promessas, sem cumpri-las, abrindo a possiblidade do Pix ser taxado no futuro. 

Além disso, o deputado afirmou que muitas pessoas hoje vivem na informalidade, e poderiam cair na mira da Receita Federal, com o cruzamento de informações de movimentações do Pix com a declaração do imposto de renda. Disse ainda que estão preocupados com os pequenos que lutam para sobreviver, enquanto fecham os olhos para os poderosos de Brasília.  

Como disse no artigo de ontem, o sucesso do vídeo se deve à identificação orgânica da população com as falas de Nikolas. O deputado trouxe à tona o sentimento de desconfiança e de indignação de boa parte da sociedade brasileira. Prova disso foi o vídeo alcançar mais de 240 milhões de visualizações.

Com toda a repercussão negativa, o governo admitiu a derrota, voltando atrás na matéria. No entanto, o estrago já foi feito: reforçou a imagem de que se trata de um governo tributador na percepção popular. Por outro lado, Nikolas Ferreira sai como o grande vencedor, ao ser tornar o porta voz de milhares de brasileiros que pagam impostos e lutam para sobreviver, recebendo do Estado serviços precários de saúde, transporte e educação.

Nikolas foi muito além do Pix e da polarização entre esquerda e direita. O deputado trouxe a insatisfação da população com a situação econômica do país e com a falta de qualidade dos serviços públicos, além de chamar a atenção dos privilégios da classe política, com elevados gastos pessoais sem a devida transparência. O sucesso do vídeo chama a atenção do Brasil real. Serve como um bom termômetro para o PT nas eleições de 2026. 

Fonte: Jovem Pan Read More