A indústria do alumínio no Brasil enfrenta um momento de incerteza devido às tarifas impostas pelo governo de Donald Trump. Essas tarifas, que afetam diretamente a exportação de aço e alumínio, têm gerado preocupações significativas para o setor. Embora os Estados Unidos representem menos de 1% das importações brasileiras, eles são responsáveis por mais de 16% das exportações do país, totalizando US$ 267 milhões. Em resposta a esse cenário desafiador, a indústria de alumínio brasileira está propondo a adoção de um sistema de cotas para as exportações aos Estados Unidos. Essa medida substituiria a tarifa de 25%, mas manteria a taxa geral de 10% imposta pelo governo norte-americano.

Janaina Donas, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Alumínio, expressa preocupação com o potencial deslocamento das exportações. Com as novas barreiras de acesso ao mercado americano para produtos importados de outros países, o Brasil corre o risco de se tornar um destino para o escoamento de excesso de produção ou para práticas comerciais desleais. Essa situação já é uma realidade observada na cadeia global do alumínio, onde o mercado de sucata reciclada se torna atrativo para países que não investiram em capacidade de reciclagem.

Para enfrentar esses desafios, Janaina Donas tem mantido negociações frequentes com os ministérios das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O objetivo dessas conversas é encontrar soluções viáveis para os problemas enfrentados pelo setor diante das novas tarifas, garantindo que o mercado brasileiro permaneça competitivo e protegido contra práticas desleais. A busca por alternativas é crucial para minimizar os efeitos das medidas tarifárias e assegurar a sustentabilidade do setor no cenário internacional.

*Com informações de Camila Yunes

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Fonte: Jovem Pan Read More