Em dezembro, a prévia da inflação, calculada pelo IPCA-15, apresentou uma desaceleração, registrando 0,34%, após uma alta de 0,62% no mês anterior, conforme dados divulgados pelo IBGE. Ao final de 2024, a inflação prévia acumulou 4,71%, superando o limite máximo da meta de 3% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional — que neste caso é de 4,5%. Quando isso acontece, o presidente do Banco Central é obrigado a enviar uma carta explicativa. A missão caberia a Gabriel Galípolo, que substituirá Roberto Campos Neto no comando da autoridade monetária.

A queda na conta de luz, que passou da bandeira amarela para a verde, foi um dos principais fatores que contribuíram para a desaceleração do IPCA-15 em dezembro. Essa mudança resultou em uma redução de 5,72% nos preços da energia elétrica residencial. O grupo Habitação, que abrange os gastos com eletricidade, teve uma diminuição de 1,32%. Além disso, a Black Friday ajudou a manter os preços em níveis mais baixos.

Entretanto, os preços dos alimentos apresentaram um aumento de 1,47% em dezembro, acumulando uma alta de 8% ao longo do ano. A maior pressão sobre os preços foi observada na alimentação no domicílio, que teve uma variação de 1,56%, impulsionada principalmente pelo aumento nos preços do óleo de soja e das carnes. Essa situação indica que a inflação continua a ser uma preocupação.

O IPCA-15 serve como uma prévia do IPCA, que é o índice oficial de inflação do Brasil. Os dados atuais sugerem que o cenário para 2025 poderá ser desafiador, com a continuidade da pressão sobre os preços. Isso provavelmente levará o Banco Central a manter seu ciclo de aperto monetário, buscando controlar a inflação e estabilizar a economia a partir de uma alta taxa de juros.

Publicado por Felipe Dantas

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Fonte: Jovem Pan Read More